quarta-feira, 18 de junho de 2008

...

O lance é olhar, sabe. Só de olhar mesmo. Funciona assim: eu bato o olho e pimba. A partir daí eu só mudo de opinião de me provarem documentalmente - em três vias originais e com reconhecimento de firma por autenticidade - que a figura é gente boa. É, pode ser um defeito meu – eu tenho muitos – mas é assim que acontece.
Não sei, o rosto diz tudo. A forma com que a pessoa se dirige a você, o jeito que te olha. Safado tem cara de safado. Acreditem, eu reconheço um de longe.
Ok, vou deixar de exageros. Mas essa é uma mania minha. Em uma primeira olhada eu lasco um adjetivo certeiro no cidadão. Eu penso logo: esse tem cara de gente boa, ou não.
Até aí, tudo bem, acho que muita gente deve fazer isso, mas eu vou um pouco além. Por exemplo, eu não voto num cara que – pra mim – tem cara de safado.
“Fernando, olha só, o cara tem um puta plano de governo, vai derrubar a corja que ta mamando nos cofres públicos há anos”. Gente, não é tão simples. Como eu posso confiar meu voto num ótimo político, com cara de safado...Nããããooo, pra mim é difícil....

Se você está pensando num motivo pra esse post, pode parar de pensar. Não tem motivo, não tem objetivo, não tem sentido.
É que ultimamente eu tenho visto tanto safado na minha frente e as eleições estão tão próximas e aquela coisarada toda. Ponto!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Um post exclusivo pra mocinha que me faz feliz!













Porque demonstração de amor a gente dá todo dia, inclusive no dia dos namorados.



Fanatismo

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida

Meus olhos andam cegos de te ver!

Não és sequer razão de meu viver,

Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...

Passo no mundo, meu Amor, a ler

No misterioso livro do teu ser

A mesma história tantas vezes lida!

Tudo no mundo é frágil, tudo passa...

Quando me dizem isto, toda a graça

Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, vivo de rastros:

"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,

Que tu és como Deus: princípio e fim!..."



Florbela Espanca

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Enfim, um indivíduo de idéias abertas...

"A coceira no ouvido atormentava. Pegou o molho de chaves, enfiou a mais fininha na cavidade. Coçou de leve o pavilhão, depois afundou no orifício encerado. E rodou, virou a pontinha da chave em beatitude, à procura daquele ponto exato em que cessaria a coceira.
Até que, traque, ouviu o leve estalo e, a chave enfim no seu encaixe, percebeu que a cabeça lentamente se abria."


Marina Colasanti