sábado, 10 de maio de 2008

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O despertador só tocou uma vez antes de sentir a pressão dos dedos que interromperam sua cantoria matinal. Eram 7h10min e ele não tinha forças para levantar da cama. Dormiu mais vinte minutos e levantou assustado. Estava atrasado.
Era sábado, e a idéia de ter que passar mais um dia enclausurado no escritório lhe desanimou antes que tivesse tempo de lavar o rosto.
Durante o caminho ao trabalho, abaixou o rádio e se limitou ao “obrigado” à mãe, que acordara cedo em sua função.
O dia passou lento e o batente rendeu pouco. A tarde já estava cedendo lugar à escuridão quando pensou que não havia olhado para o céu. Não sabia se o dia tinha sido bonito ou feio. Isso não pareceu lhe incomodar.
A animação da única colega de trabalho lhe irritou durante todo o dia. Mas ele conteve suas pulsões conscientes de ira e emitiu sorrisos falsos sempre que a risada da amiga entrava aguda em seus ouvidos irritados.
Sintonizou sua rádio favorita, mas nem a boa música lhe ajudou. Nem o convite do Zeca, para visitar Babylon, fez-lhe fugir da fisionomia sisuda que o dominava.
Já havia desistido de salvar as poucas horas do dia que não tinha visto, quando a faxineira chegou com a história de um crime cometido por uma amiga íntima. Algumas facadas, dois quase mortos e um processo sendo respondido em liberdade. Tudo por conta da ira de uma pequena mulher que, segundo a amiga narradora, fica possuída pelo “Demo” quando é provocada. A história, contada com a empolgação de quem a presenciou, e enfeitada com expressões como “ferveu o Kisuco”, “Se viro-se em perna” e “tirada pra louca”, foi a única alegria do seu dia. Depois dela, recolheu-se novamente. Agora, além do desânimo, a alegria repentina que a tragédia lhe trouxera o perturbava...

6 comentários:

Unknown disse...

diz pra mim q tu não é um psicopata.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Sílvia Mendes disse...

Eu gosto desse estilo.

Sílvia Mendes disse...

Sabe o que dizem das pessoas que tratam de si na terceira pessoa? Que são loucas.
Mas na literatura pode tudo.
Não que eu ache que você seja muito certo das idéias.
Enfim...

Priscilla disse...

não sei pq... mas tenho a impressão que essa crônica é um relato real de um sábado de trabalho seu... to errada?
rs...

Beijo irmão

Unknown disse...

quem foi q disse q o trabalho dignifica o homem?!

sou mais o Maguila:

O trabalho danifica o homem!

E tenho dito...

Anônimo disse...

Atende a pedidos?....Gostaria de ver uma crônica sobre o domingo.....zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz....hehehe.

Beijão